quarta-feira, 25 de maio de 2016

Por que sou ativista do parto humanizado?



As pessoas geralmente associam ativismo com chatice, pois em grande parte das vezes os ativistas se tornam chatos e monotemáticos, eu sei. Talvez eu também tenha me tornado assim e não percebi, mas espero que não. Um tempo atrás tive uma discussão que me fez refletir sobre a razão de eu ter me tornado ativista do parto humanizado.

Eu tenho dezenas de motivos pra defender o parto humanizado. Todos eles baseados em evidências científicas que comprovam que o parto normal é mais seguro do que a cesárea e melhor para a mãe e o bebê. Mas não são esses motivos que me fazem chorar ao ler cada relato de parto. Não é isso que faz meus olhos brilharem quando falo do assunto ou quando relembro as minhas experiências pessoais.

O que me motiva é o poder transformador de um parto humanizado. Quantas mulheres renasceram e ressignificaram suas experiências anteriores depois de parir! Quantas mulheres encontraram sua força interior e seu sagrado feminino durante o parto!

Eu passei por um parto normal cheio de intervenções e algumas violências obstétricas. Anos depois tive um parto natural humanizado. E vivi na pele a diferença entre eles e o pós parto ( muiiiito mais complicado em um parto não-natural).

Eu senti. Eu vivi. Eu olhei minha sombra nos olhos. Encarei meu medo de frente. Virei uma leoa. Me senti a mulher mais poderosa e maravilhosa do Universo. Eu ultrapassei todos meus limites, virei índia, senti meu corpo pulsar no ritmo da natureza. Eu confiei na minha capacidade de parir e isso me transformou. E é ISSO que eu desejo que todas as mulheres do mundo possam sentir. Eu quero que elas sintam! Essa sensação indescritível de empoderamento.
Esse é motivo pelo qual que virei ativista.


Para que mais mulheres possam se sentir assim. Para que elas não tenham seus partos roubados (mesmo sem saber). Para que elas tenham a chance de experimentar todas essas sensações e transformações. 


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Meu príncipe cresceu, e agora?


Parece que foi ontem.

Nós dois passeando na praça enquanto ele corria atrás dos passarinhos e batia os pezinhos no chão de tanta alegria.  Ele indo pro nosso quarto no meio da noite, carregando travesseiro, naninha, o Pluto e o Mickey.

A sua primeira apresentação na escola, em que cantou uma música linda de dia das mães e me deu uma camiseta desenhada em hieroglifos , rs, mas que me fez chorar litros.

Aquela vez que ele pediu ao pai para comprar flores para mim. Azuis.

Quando ele ainda dormia no meu colo, porque cabia e era bom demais.

Mas não foi ontem. Isso foi anos atrás. Meu bebê cresceu. E juro, foi de um dia para o outro! Claro, há sinais, mas a gente ignora ou finge que não vê. Afinal, quem quer ver seu filho crescer?

Primeiro foi o dente que caiu sem eu nem saber que estava mole ( e agora já são 4 ). Depois veio a paixão arrebatadora pela amiguinha da escola. Nos últimos meses ele perdeu todos os sapatos. Então fui olhar seu pezinho de perto e... Epa, isso é uma chulapa!

Os desenho mudaram. Não tem mais Turma do Mickey, Backyardigans, Jake e os Piratas. Agora só quer saber de Cartoon Network e filmes, de preferência assustadores. Aliás, se tornou uma companhia incrível para ir ao cinema!

Aos finais de semana, só a família já não é assim tããão legal, quer sempre encontrar um amigo. E quando está com eles, meio que esquece que eu existo, sabe?

Me dá os recados da escola, me ajuda a lembrar de coisas que certamente sem seu aviso, eu esqueceria de fazer.  Se mede todo dia no box do banheiro e comemora o quanto sua cabeça já ultrapassou as anteninhas de ET que havíamos colado pra ele dois anos atrás.

Agora, passou a fazer seu próprio leite antes de dormir e nas três últimas noites dormiu sem sua inseparável naninha. E nem percebeu!

Meu príncipe cresceu.

Sim, nossos filhos não são realmente NOSSOS e os criamos para o mundo, não é? Mas confesso estar sentindo um apertinho no coração ao me dar conta de que não poderei protegê-lo e colocá-lo no colo para sempre. Que ele vai bater a cabeça sozinho, experimentar coisas boas e ruins e eu não poderei fazer nada para impedir. Assim é a vida de mãe!

Que Deus te acompanhe meu filho, te dê sabedoria e discernimento para enfrentar o mundão. Que a educação que temos lhe dado lhe ajude a encarar a vida com coragem e segurança.  E saiba que eu estarei SEMPRE aqui, no mesmo lugar, de braços abertos para você.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A criação com apego em prática



Eu me identifico bastante com os princípios da criação com apego, uma forma de maternagem que incentiva o afeto e o respeito à criança. O termo é usado para identificar um conjunto de ferramentas que ajudam os pais a criar vínculos com seus filhos, por meio do atendimento consistente e amoroso das necessidades do bebê. Esse é o princípio mais importante, mas a verdade é que não há regras, sobre o que pode ou não fazer.  Se você não seguiu alguns dos princípios, não significa que você será banida da comunidade e proibida de usar o termo criação com apego, rs.  A regra de ouro é:  trate seus filhos como você gostaria de ser tratado!

Eu considero que aqui em casa praticamos a criação com apego, mesmo tendo falhado miseravelmente em alguns itens. E olha que sou super autocrítica, exigente e determinada! Mas nem sempre conseguimos realizar tudo o que idealizamos. Uma das grandes lições que aprendi com a maternidade é que não temos controle sobre ela! Essa falta de controle pode enlouquecer um pouquinho os sistemáticos, como eu, mas  a partir do momento que se tem essa consciência, baixamos as expectativas e fica tudo mais fácil. Inclusive aceitar nossas falhas e limitações.

No site http://www.attachmentparenting.org/portuguese eles falam em oito princípios e vou comentar sobre cada um deles e como é aqui em casa.

Acho que esse é o que mais consegui seguir à risca. Em ambos os partos fiz o que podia para prover aos meus filhos um nascimento respeitoso e humanizado, me preparei física e emocionalmente para recebê-los.

Alimentando com Amor e Respeito ( amamentação em livre demanda e prolongada)
Tenho vontade de colocar uma carinha de choro nesse item. ( lá vem a culpa materna). Com o Gael, fiz o melhor que podia diante das informações que tinha na época. Amamentei seguindo um horário, fui meio paranoica com isso, e aos seis meses exatos, desmamei. ( desculpa filho, fiz o que pude <3)
Com o Otto eu tinha informações mais aprofundadas sobre a importância da amamentação e estava disposta a fazê-la de forma prolongada. A livre demanda só rolou na primeira semana, depois fui colocando um pouco de ordem no caos, mas de forma bem mais tranquila, respeitosa e flexível. Nunca deuxei de amamentar quando ele estava com fome. Precisei complementar e perto dos 8 meses Otto se desmamou sozinho. Mamãe ficou triste, já o filhinho nem ligou.

Confissão: Com  Gael, depois de 9 meses sem dormir uma noite inteira acabei fazendo um “método” adaptado da Encantadora de Bebês e sim, deixei ele chorar. Estive junto todo tempo, conversando com ele, mas não peguei no colo. De novo: fiz o melhor que podia com as informações que tinha. Achava que seria muito bom pra ele “ensiná-lo a dormir”. Funcionou e na época fiquei feliz. Eu realmente achava que estava fazendo a coisa certa! Mas hoje não repetiria, tanto que o Otto tem 13 meses e nunca deixei chorar nem
2 minutos. Tirando esse deslize, sempre atendi às suas necessidades físicas e emocionais, nunca neguei colo, carinho e afeto ele tem de balde. Filho meu é criado no colo e à base de beijo.
Com Otto acho que passei com louvor nesse item. Já ouvi de um milhão de pessoas, pediatra inclusa, que estou mimando meu filho. Apenas porque o carrego no colo o tempo todo e o trato com muito carinho, amor e respeito. Se isso é mimar, estou mimando sim, com muito orgulho!

Contato pele a pele, carregar o bebê em sling, shantala e muitos abraços. Ai que delícia tudo isso! Sling é vida!!!! Experimente!!!

Garantindo um Sono Seguro, Física e Emocionalmente (Cama compartilhada ou Co-sleeping.)
 Eu acho que a família deve fazer o que funcionar melhor pra todo mundo. Eu tenho sono muito leve e dormir com um bebê na cama, pra mim é igual a não dormir, portanto cama compartilhada com o pequeno não rola, além disso ele dorme muito bem sozinho no seu berço. Em noites de crise, acabo deitando com ele na cama auxiliar que fica no seu quarto ou deito lá sozinha. Só o fato de eu estar no mesmo ambiente já o acalma.
Meu mais velho (6 anos) desde que saiu do berço tem acesso livre ao nosso quarto e vive pulando na nossa cama  no meio da noite. Às vezes colocamos um colchãozinho no chão também.  Nâo tem regra! O importante é que estejam todos dormindo bem! Onde quer que seja!

Dispensa comentários.

Estou estudando e aprendendo sobre a Disciplina Positiva agora. Algumas coisas já praticávamos aqui intuitivamente, mas outras são realmente novidade e estamos mudando nossos hábitos agora, principalmente com nosso filho mais velho.  Raríssimas vezes cheguei a dar palmada no bumbum , mas dei. Também já gritei ( ainda grito, sorry). As palmadas foram abolidas, os gritos estou tentando melhorar. Não sou perfeita, mas chego lá!

Acho que temos feito isso bem. Claro que há momentos de acúmulo de trabalho, noites maldormidas que resultam em pais exauridos, mas em geral estamos em equilíbrio sim.

É isso. E você, como é na sua casa?

* Disciplina positiva é uma filosofia abrangente, que ajuda uma criança a desenvolver uma consciência guiada por sua própria disciplina e compaixão em relação aos outros. A disciplina que é empática, amorosa e respeitosa fortalece a conexão entre os pais e seus filhos, enquanto que a disciplina dura ou que abusa na punição enfraquece esta conexão. O objetivo final é ajudar a criança a desenvolver o autocontrole e a autodisciplina.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Parabéns meu pequeno guerreiro


Otto meu amor,

Hoje você completa um aninho. Quantas coisas já vivemos nesse tempo! Você nasceu com uma força e uma bravura incontestáveis. Superou os  pequenos obstáculos que a vida lhe impôs com doçura e bom humor. E como me ensinou nesse processo! Com você aprendi, ainda mais, a dar valor ao que realmente importa, a ser grata pelo que temos e a crer que Deus tem um propósito para todas as coisas. Você me ensina , diariamente, sobre mim mesma. Aprendi a ser uma mãe mais flexível, mais doce, mais intuitiva. Me tornei especialista em pé torto congênito, em alergia à proteína do leite e me especializarei em quantas coisas forem necessárias para te fazer mais feliz.
Vou te contar um segredo: quando fiquei grávida de você eu tive medo de não ser capaz de amá-lo na mesma intensidade que amo seu irmão. Mas bastou aquele ultrassom fatídico que te diagnosticou com PTC, para emergir em mim todo o amor do mundo. Foi como se você  tivesse nascido e eu já tivesse visto sua carinha pela primeira vez. Meu coração duplicou de tamanho e naquele instante eu soube que nossa capacidade de amar é infinita. Sendo assim, quando você nasceu, no parto dos nossos sonhos ( pois acredito que esse sonho era seu também), nosso primeiro olhar foi, na verdade, um reencontro. Um reconhecimento entre duas almas. Uma confirmação daquele amor que já pulsava tão intensamente dentro de mim .
Sua chegada  completou nossa família, nos tornou mais fortes, unidos e felizes. Sua vida é uma benção que nos ilumina. Nossos dias são mais alegres com suas sapequices e sua braveza. Ver você e seu irmão brincando juntos enche o coração da mamãe de amor, é uma das melhores coisas da minha vida! Eu sempre farei tudo que puder para que você fique bem e seja feliz. Esses são meus objetivos! Mas, às vezes, vou errar no meio do caminho, e te peço desculpas antecipadas por isso. Logo você vai perceber que a mamãe não é perfeita, mas espero que também seja capaz de perceber que faço o meu melhor sempre.
Meu gordinho, meu chicletinho, meu caçulinha, meu gulosinho. Como é gostoso chamegar com você! Como é gratificante acordar e ver seu rostinho sorridente olhando para mim. Parabéns por ser meu guerreiro e enfrentar as adversidades com tanta facilidade. Você me inspira e eu tenho muito orgulho de você!
Feliz Aniversário e muito obrigada por me escolher para ser sua mãe. Eu te amo do tamanho do universo!
Beijos,
Mamãe

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Trocando o R pelo L

O Gael, hoje com seis anos, sempre falou estilo Cebolinha. Além disso, puxava o s, como se fosse carioca. Confesso que achava a coisa mais fofa desse mundo e demorei a pensar que pudesse haver algo errado nisso. Entretanto, quando ele fez 4 anos, conversei com uma amiga fonoaudióloga que me disse o seguinte: isso é normal até a criança fazer 5/6  anos. Caso até lá ele não passe a falar corretamente, é importante procurar ajuda profissional antes da alfabetização, para que isso não atrapalhe o processo.  Fiquei tranquila, esperando que naturalmente ele passasse a falar o R.

O fato é que quando Gael tinha 5 anos e meio, ele continuava falando Homem-Alanha e a alfabetização na escola estava prestes a começar. Era a hora de buscarmos ajuda! Me indicaram uma fono e lá fomos nós. Depois de algumas sessões comecei a achar esquisito o fato dela praticamente não mandar exercícios pra casa. Os meses foram passando e a única mudança que houve é que, quando chamado atenção, ele corrigia o R como se fosse um gringo falando português. Resolvemos então procurar outra profissional e... Quanta diferença! Desde a primeira sessão notei grande evolução. Ele trazia exercícios para casa, que trabalhavam a postura da língua e dos lábios, e os fazíamos juntos, duas a três vezes todos os dias. Foi beeeeeeeeem trabalhoso, exigiu esforço e dedicação. Mas me deu tanto orgulho! Muitas vezes meu pequeno mesmo me lembrava: “mamãe ainda não fizemos os exercícios”.

Enfim, depois de 7 meses de terapia correta e com uma profissional capacitada, meu grande amor está com a fala perfeita. E morrendo de orgulho de si mesmo pelo feito. Dá gosto de ver e o peito enche com uma alegria que só mães entendem, quando suas crias superam algum obstáculo.


Parabéns Gael! A mamãe morre de orgulho de você!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Meu filho tem APLV, e agora?

Esse leitinho pode!

Quando aos 3 meses, um amiga nutricionista expert em APLV me sugeriu que talvez a irritação do Otto pra mamar pudesse ser alergia à proteína do leite de vaca, minha primeira reação foi pensar: tá louca? Ele já nasceu com PTC, não vai vir com mais nenhum problema não, rs. Como se houvesse uma caderneta contabilizando quantos problemas, alergias, doenças, cada indivíduo poderá ter nessa vida. Seria ótimo, eu sei, mas não foi assim.
O fato é que desde os dois meses o Otto dava muito trabalho pra mamar. Chorava no meio das mamadas, chorava um pouco depois e parou de engordar. A pediatra suspeitou que meu leite estivesse secando e indicou complementação com um leite chamado Enfamil Gentlease ( a proteína do leite é parcialmente hidrolisada e minimiza reações alérgicas), a muito contragosto acabei cedendo e por um bom tempo pareceu ser a decisão acertada. Ele voltou a ganhar peso e reclamava menos nas mamadas. Mas arrotava e gorfava bastante. Fui diminuindo a complementação e consegui mantê- lo no peito até chegar perto dos 8 meses, quando ele começou a recusar sistematicamente meu seio e "pedir" a mamadeira.
Com o desmame e a introdução de uma fórmula comum, ele passou a vomitar várias vezes por dia, um vômito ácido, que chegou a desbotar o tapete de e.v.a. Um dia contei 10 vômitos entre as 5 e as 8 da noite. Bateu aquele desespero. A médica indicou o uso de Label, mas depois de uma semana ele ainda não havia apresentado melhora alguma. Foi então que lembrei da minha amiga linda e especialista Renata Pinotti e bingo! Tudo indicava que ele realmente tinha alergia à proteína do leite de vaca. Começamos a dieta de exclusão do leite: trocamos a fórmula pelo Neocate ( fórmula feita a partir de aminoácidos) e tiramos da alimentação tudo que tivesse leite e traços de leite .
Essa é a parte mais complicada. Até termos o diagnóstico comprovado, era necessário excluir 100% qualquer possibilidade de contato com o leite, isso incluíam os traços. Os traços de leite são, na maioria das vezes, uma “contaminação” do produto, que passou por uma máquina onde foram fabricados produtos com leite ou derivados. Assim, eles acabam adquirindo quantidades mínimas desses ingredientes durante a fabricação. Para garantir que não houvesse essa contaminação também trocamos as mamadeiras, o copo do liquidificador e a bucha de lavar a louça dele. Haja cuidado, paciência e perseverança nessa fase! Fomos então para uma gastro, que nos deu o laudo para conseguir o leite do governo e receitou a dupla de combate ao refluxo: label + domperidona. Resultado: em duas semanas o Otto parou de vomitar e arrotar! Alergia confirmada, bora se informar e conhecer tudo sobre a tal APLV ( Alergia à Proteína do Leite de Vaca). Li o livro Guia do Bebê e da criança com alergia ao leite de vaca, entrei em duzentos fóruns e blogs sobre o tema. É sempre um alento para mães desesperadas saber de histórias de sucesso e compartilhar informações.
Passado pouco mais de um mês pedi para a nutricionista me liberar para testar se ele realmente reagia aos traços de leite. Voltei a dar "leite" nas mamadeiras de antes e até arrisquei alguns alimentos que continham traços, como o pão francês. E graças a Deus ele não reagiu!
Parece um bicho de sete cabeças, mas na verdade é muito simples. Especialmente para bebês que ainda estão no início da introdução alimentar e ainda não comeram a maioria dos derivados de leite ( queijos, danones, etc) e, portanto, não sentirão falta deles. Um das coisas que aprendi com minha nutricionista fofa, foi a importância dos pais estarem seguros do que estão fazendo. Quando há dúvidas em relação à dieta, e etc, o bebê capta essa insegurança e fica tudo mais difícil.
Otto agora tem 11 meses e começou a comer a comida da família, então iniciamos um novo desafio. Garantir que ele coma comida normal, sem ingerir leite. Já houve alguns incidentes (como comer curau e couve na manteiga) e as reações voltaram com tudo. Só aí me conscientizei 100% dos cuidados que devo ter com a alimentação dele. 

- Melhor levar sempre a marmitinha dele em qualquer situação, pois a imensa maioria das pessoas não têm a dimensão do que é essa alergia, acabam omitindo ( sem perceber) ter colocado um ingrediente que continha leite na fabricação do alimento.
- Sempre avisar as pessoas que estão com ele sobre a alergia e a importância de não oferecer nenhum alimento sem seu conhecimento, mesmo que isso faça você parecer mal educada ( e como o povo oferece, é impressionante como as pessoas acham "legal" alimentar um bebê alheio)
- Perder a preguiça de cozinhar
- Aprender receitas novas que não usam leite ou usam substitutos como o leite de arroz
-Não ficar triste pelas coisas que seu filho não pode comer, mas ficar alegre pois sua alimentação será super saudável. O que realmente importa, ele pode comer! ( frutas, legumes, verduras, carnes)
- Confiar e agradecer, e se manter calma, pois a alergia tem cura. A maioria das crianças até os 3 anos já desenvolve tolerância

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Afinal, o que é parto humanizado?

Quando falamos em parto humanizado, as pessoas logo imaginam uma mulher parindo na banheira de sua casa, à meia luz. Como se fosse um "tipo de parto", quando na verdade é um processo. Parir na banheira e em casa é apenas uma das formas de se ter um parto humanizado. Como o próprio nome já diz, a humanização do parto visa proporcionar a mãe a ao bebê um nascimento mais humano e respeitoso, no qual a mulher participa de forma ativa e como protagonista, com respeito à fisiologia de seu corpo. Não há um " protocolo" a seguir, mas em linhas gerais, em um parto humanizado:
- a mulher tem direito a acompanhante
- não há intervenções ( episiotomia, enema, manobra ou uso de ocitocina sintética)
- a mãe é livre para se alimentar e se movimentar durante o trabalho de parto
- o bebê é colocado diretamente no colo da mãe, antes mesmo de cortar o cordão umbilical, para criação do vínculo
- estímulo à amaentação nas primeiras horas de vida
- alojamento conjunto de mãe e bebê
- sem aspiração de vias aéreas no RN
- procedimentos feitos no bebê ( pesar, medir, etc) após no mínimo uma hora

Como vocês podem perceber, a maior parte desses itens podem ser realizadas em partos hospitalares e cesáreas. Então, vamos todas (os) abraçar essa causa?