quarta-feira, 1 de abril de 2015

Moms just wanna have fun?

Eu já fui da balada no sentido mais positivo que essa constatação possa ter. Curtia sair, dançar até os pés doerem, me arrumar, ficar bêbada alegre ( ou não beber e ficar alegre também), esticar a noite até o dia seguinte. Muitas vezes fui uma das últimas a ir embora, eu era realmente muito animada. Mas tudo muda o tempo todo, como já cansamos de dizer aqui.
E quem tem filhos pequenos sabe o quanto é difícil pegar uma balada. Pra não dizer impossível. Então, quando surge uma oportunidade, a gente se joga mesmo com toda empolgação do mundo. Sábado foi aniversário de 30 anos da minha comadre e ela resolveu comemorar com uma festa anos 80. A última vez que fui a um evento temático eu tinha 20 anos, portanto adorei a ideia. Estávamos precisando de um tempo para nós, sem pensar em filho, apenas nos divertindo e bebendo. Era hora de eu deixar meu lado mãe guardado na gaveta e voltar a ser aparty girl, só por algumas horas.
Quem lê esse blog com freqüência já sabe que quando eu era criança adorava me fantasiar de Madonna no filme Procura-se Susan desesperadamente. Adivinha com qual roupa eu fui à festinha? Até meu marido, que odeia essas coisas, entrou no clima. Então me dediquei à escolha da roupa da festa como se fosse noiva para um casamento. Me maquiei como há tempos não fazia e cometi a ousadia de colocar uma botinha de salto alto (depois que virei mãe aposentei os saltos, já que correr atrás de filho espoleta requer agilidade e conforto, daí é rápido pra desacostumar a se equilibrar neles). Consegui a melhor baby sitter do mundo, minha mãe! Deixe-a colocar o Gael para dormir e parti, com um apertinho no coração, pois ele estava um pouco doente. Mas minha mãe cuidou bem de mim, vai saber cuidar dele também – afirmei mentalmente pra me livrar da culpa.
Já a caminho da festa senti meu estômago embrulhar. Exatamente na hora em que eu me decidia a tomar litros e litros de vodka. Eu estava psicologicamente preparada para um porre. Mas senti que aquilo havia sido um aviso pra eu pegar leve e ficar na cerveja. Obedeci, não discuto muito com meu sexto sentido. Quando cheguei à festa, percebi que eu talvez tivesse sido a única que conseguira uma baby sitter de última hora. Estavam todos meus amigos com os filhotes no colo ou correndo pelas mesas. Segurei dois nenês por um bom tempo, corri atrás da minha afilhada algumas vezes e quando cansei, decidi que estava na hora de entrar no clima party e beber. Depois de umas quatro cervejas, meu pé começou a doer de modo insuportável (maldito salto) e resolvi sentar. Até porque, vamos combinar que cerveja não é a bebida mais empolgante do mundo né? Cerveja é boa pra tomar sentada em bar e não dançando em festa, mas enfim. RPM começou a tocar, procurei meu marido pra dançar ( não que ele dance, mas ao menos me faz companhia) e o encontrei brincando com uma bebezinha linda, que ensaiava os primeiros passos. Ela era a coisa mais fofa do mundo, admito, ainda assim dei aquele olhar “hoje não” pra ele, mas não funcionou. Fui descaradamente trocada por uma mulher mais nova. Mas eu ainda estava decidida a deixar meu lado mãe engavetado, certo? Mesmo sozinha.
Peguei a quinta cerveja e me aproximei de uma rodinha de mulheres. Passados alguns minutos, estávamos discutindo alegremente qual o melhor momento para se ter um segundo filho e as dificuldades de fazer uma criança dormir á noite toda. Nesta hora percebi que a sexta cerveja não ia descer redonda e que se eu tivesse um pouco de sorte e determinação conseguiria ir embora calçando as botas (e não descalça como eu desesperadamente gostaria). As crianças já tinham ido embora, junto com minha animação e arrastei meu marido porta afora. Deu saudade do meu filho.
Ao chegar em casa, sóbria graças a Deus, dou de cara com minha mãe de pé. Gael tinha acordado assustado e ensopado de suor e ficou me chamando por horas. Só voltou a dormir na cama com eles. Joguei as botas na sala, arranquei a roupa e os apetrechos todos com mais rapidez que adolescente na primeira vez e voei para acudir meu pequeno. Dormimos juntinhos.
Resumo da ópera: difícil retomar o caminho do pé na jaca quando se tem filhos pequenos. E impossível deixar o lado mãe dentro da gaveta, pelo menos por enquanto.

Já inauguramos nossa primeira clínica no Brasil! Ficamos em São Paulo, na  Av. Macuco 726, em Moema!!

Estamos à disposição para tirar dúvidas daqueles que estejam interessados em conhecer detalhes sobre esse tratamento revolucionário que vem ajudando milhares de homens e mulheres afetados pela calvície.


* Post originalmente escrito em novembro de 2010

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