quarta-feira, 1 de abril de 2015

Três anos em mil


Mal posso acreditar, mas o meu bebê está fazendo três anos. E sejamos realistas, ele não é mais um bebê. Passou rápido demais. Foram 1096 dias tão intensos que já nem lembro como era minha vida antes de Gael. Hoje um molequinho esperto e metido a independente que tem voz e vontade próprias.
E isso muda absolutamente tudo! Como é gostoso ouvi-lo falar palavras difíceis (errado, claro, mas nem corrijo porque é fofo demais) ,  formular raciocínos e fazer perguntas, muitas perguntas. Nossa vida ficou tão mais fácil desde que aposentei minha bola de cristal e não preciso mais adivinhar o que se passa em sua cabecinha. Nos últimos meses finalmente passei a enxergá-lo como um serzinho e não como um prolongamento de mim.
Até porque somos muito diferentes. Ele está sempre bem-humorado e disposto a fazer amizades. Não passa por ninguém sem desejar bom dia ou dizer “ oi, tudo bem?”.  ( Digamos que eu não sou conhecida pelo meu bom humor). É muito atento aos detalhes,  do tipo que nota se você está de sapato novo, ( enquanto eu demoro meses para notar qualquer tipo de mudança na minha própria casa) e preocupado com a felicidade dos que o cercam.
Incansável, é capaz de passar duas horas ininterruptas correndo pelo clube e chegar em casa ainda querendo brincar  de esconde-esconde. Difícil é convencê-lo de que está na hora de dormir. Isso não acontece sem que eu conte ao menos uma história e cante duas músicas. Mas o Universo é tão maravilhoso que, apesar de me mandar um moleque dos mais agitados e sapecas, o fez carinhoso como jamais  sonhei. Do tipo que segura minha mão sem motivo aparente e me acorda com beijinhos ( tá, tem dias que me acorda com tapões também). E me faz sentir a pessoa mais amada e completa do mundo. Meu amigo, meu companheiro.
E eu, que sempre acreditei que realizaria coisas grandiosas e  deixaria um legado para o mundo, tenho hoje a certeza de que já fiz a coisa mais importante da minha vida, que é ter colocado o Gael no mundo. Ele é o meu maior e melhor legado.
Tenho como missão educá-lo para fazer a diferença nesse mundo doido em que vivemos. E é libertador levantar os olhos e parar de mirar no meu próprio umbigo. Que responsabilidade gratificante é olhar para frente e ajudar o meu molequinho a construir um futuro feliz. E eu, sinceramente, não desejo mais nada além disso.
Feliz aniversário, meu príncipe. Meu mundo é um lugar melhor por causa de você!

* Post originalmente escrito em março de 2012

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